sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O peso da oração


Uma pobre senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou num armazém, se aproximou do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos. 
Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que 

tinha sete filhos para alimentar.
O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento.

Pensando na necessidade da sua família ela implorou: Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver....

Ele lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja. Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família por sua conta.

Então o comerciante falou meio relutante para a pobre mulher: Você tem uma lista de mantimentos? Sim, respondeu ela. Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos!
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança. Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo.

Completamente pasmado com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado: Eu não posso acreditar!.
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em suas mãos...
O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém. O freguês pagou a conta e disse: Valeu cada centavo...
Só mais tarde o comerciante pode reparar que a balança havia quebrado. Entretanto, só Deus sabe o quanto pesa uma oração...






sábado, 25 de agosto de 2012

Sobre amor, rosas e espinhos

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão
Amor, que é amor, dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.
O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.
O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: “Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto”.
O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração os quais sozinhos jamais poderíamos enxergar.
O poeta soube traduzir bem quando disse: “Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!”
Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos, socorreu-me em minha cegueira. Eu possuía e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.
Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos. Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.
Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios. Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois…
Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo nem tampouco fora do cultivo. Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras… Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.
A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas… Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá de saber que com ela vão inúmeros espinhos. Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos… ou não.



terça-feira, 31 de julho de 2012

Pedacinho de Drummond


"Que a felicidade não dependa 
do tempo, nem da paisagem, 
nem da sorte, nem do dinheiro.
Que ela possa vir com 
toda a simplicidade, 
de dentro para fora, 
de cada um para todos.
Que as pessoas saibam 
falar, calar, e acima de 
tudo ouvir.
Que tenham amor ou 
então sintam 
falta de não tê-lo.
Que tenham ideal e 
medo de perdê-lo.
Que amem ao próximo e 
respeitem sua dor, 
para que tenhamos certeza 
de que viver vale a pena!..."








domingo, 29 de julho de 2012

Como nossos pais


Não quero lhe falar meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos.
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo que aconteceu comigo.
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa,
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida
De qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado pra nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina, na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio, e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento, o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua,
Cabelo ao vento gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam não.
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém.
Você pode até dizer que eu estou por fora ou então que eu estou inventando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que é ama o passado e que não vê que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia
De uma nova consciência e juventude,
Está em casa guardado por deus
Contado o vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Ainda somos os mesmos e vivemos,
Como nossos pais

terça-feira, 10 de abril de 2012

Continuar navegando...

Nossa existência lembra o riacho buscando o mar.
Surgem pedras... barreiras e obstáculos.
Riacho inteligente, contorna... assimila... passa por cima... passa por baixo...
sempre encontrando um jeito de prosseguir... porque o mar chama... convida.
Porque o mar é seu endereço final.
Riacho bobo fica rodeando a pedra... o desafio... a barreira.
O rio atinge suas metas, porque aprende a superar dificuldades.
Continuar navegando é...
Perseverar... quando a maioria desiste.
É sulcar as águas, quando outros já ancoraram.
É chutar longe a tristeza, fazendo um pacto sagrado com a paz.
Continuar navegando é...
Construir templos de fraternidade, com as pedras que jogam em nossos telhados.
É suar a camiseta, quando a maioria já saiu de campo.
É recomeçar, cada dia, mesmo que seja sobre ruínas e cinzas.
Fixando as flores, esquecendo os espinhos.
Fazendo da vida uma prece.
Continuar navegando é...
Falar palavras mansas... florir ternura... onde outros praguejam.
É dar voto de confiança, onde a maioria descrê e se acovarda.
É divinizar o humano e espiritualizar o terreno,
pendurando sorrisos de alegria e gratidão até nos galhos secos do cotidiano.
É retornar às fontes da simplicidade...
cultivando o silêncio como se fosse um oratório.
Sempre e em tudo...
com a profunda vontade de SER....
CANTAR... CRESCER...SERVIR e AMAR
 

sábado, 31 de março de 2012

De tudo, um pouco...



Que você tenha...de tudo...um pouco.
Sensibilidade...Para ...não ficar indiferente diante das belezas da vida.
Coragem...Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade.
Solidariedade...Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade.
Bondade...Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda.
Tranqüilidade...Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos anjos.

Alegria...Para você distribuí-la, colocando um sorriso no rosto de alguém.
Humildade...Para você reconhecer aquilo que você não é.
Amor próprio...Para você perceber as suas qualidades e gostar do que vê por dentro.
Fé...Para te guiar, te sustentar e te manter de pé.
Sinceridade...Para você ser verdadeiro, com você e com os outros... e viver melhor.

Felicidade...Para você descobri-la dentro de você e doá-la a quem precisar.
Amizade...Para você descobrir que quem tem um amigo, tem um tesouro.
Esperança...Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança.
Sabedoria...Para entender que só o Bem existe, o resto é ilusão.
Desejos...Para alimentar o seu corpo, dando prazer ao seu espírito.
Sonhos...Para poder, todos os dias, alimentar a sua alma.

Amor...Para você ter alguém para amar e sentir-se amado.
Para você desejar tocar uma estrela, sorrir pra lua.
Sentir que a vida é bela, andando pela rua.
Para você descobrir que existe um sol dentro de você.
Para você se sentir feliz a cada amanhecer, e saber que o Amor é a razão maior...para viver.
Mas se você não tiver um amor, que nunca deixe morrer em você, a procura...o desejo de o encontrar.
Tenha de tudo, um pouco...e seja feliz!!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Voem juntos, mas jamais amarrados!

Conta uma velha lenda dos índios Sioux que, uma vez Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas até a tenda do velho pajé da tribo.
- Nós nos amamos e vamos nos casar - disse o jovem. E nos amamos tanto que queremos um conselho, alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos. Algo que nos assegura que estaremos, um ao lado do outro, até após a morte. Há algo que possamos fazer?
E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificante. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da luz cheia. E tu, Touro Bravo – continuou o feiticeiro – deves escalar a montanha em torno, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la, trazendo-a para mim, viva!
Os jovens se abraçaram com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada.
No dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. o pajé pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos; eram verdadeiramente dois formosos exemplares.
- E agora, o que faremos?- perguntou o jovem – matamo-las e depois bebemos a honra de seu sangue? Ou cozinhamo-las e depois comemos o valor de sua carne?
- Não! - disse o pajé, apanhem as aves e as amarrem-nas entre si nas patas com essas fitas de couro, depois soltem-nas, para que voem livres.
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros.
A águia e o falcão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade de vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucarem.
E o velho disse
- Jamais esqueçam o que estão vendo... Este é o meu conselho!
Vocês são como a águia e o falcão: se caprichosos, ciumentos, invejosos, ficarem amarrados um ao outro, ainda por amor, não só viverão arrastando-se como também, cedo ou tarde começarão a machucar-se.
Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados!
Convivam e procurem melhorar-se melhorando assim a convivência entre ambos. Respeitem-se, sejam leais e sinceros, e descubram que estarão ligados por laços sutis e eternos...


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ser Feliz!!!

O individuo mais feliz não é aquele que supostamente pensamos ser, ou seja, o que tem “o melhor de tudo” e sim o que sabe dar valor e aproveitar “o melhor de tudo” de tudo o que nos rodeiam.
Aproveitar cada momento de nossas vidas tem valor impar, saber receber cada momento com bons olhos, independentemente se são felizes, tristes ou até sem importância.
O que realmente é valioso para nós é o aprendizado, pois cada segundo guarda sua importância para cada um de nós e se não o aproveitarmos no agora, virão outros, mas os mesmo jamais.
Momentos difíceis: Saibamos aprender com os mesmos, e discernir o que será melhor para nós deste aprendizado em diante, analisar onde e porque errei, programando para que este inconveniente não nos pegue mais, avaliando cada nuance deste acontecimento para que fique registrada em na sabedoria interior o certo do errado.
Momentos alegres: Ainda mais, mister se faz aprendermos a tirar o devido proveito destes abençoados momentos, absorvendo as energias salutares emanadas e não ficarmos nos martirizando se este acabará ou não e como será o amanhã, saibamos receber estas horas de prazer, satisfação e amor refazendo-nos em paz e harmonia, para que possamos ter força e energia para aprender com momentos próximos momentos sejam eles quais forem.
Momentos sem importância: Somente aos nossos olhos são sem importância, uma vez que todos os momentos guardam seu valor, da mesma forma aprendamos com eles. Hoje aos nossos olhos não damos valor ao que amanhã poderá ser a nossa salvação, quando olharmos a garrafa pela metade saibamos enxergá-la quase cheia.
Recebamos de braços abertos tudo o que Deus nos dá, contudo saibamos dar o justo valor e aprender a cada minuto o que é bom e muito mais o que é ruim. Desta forma, teremos suporte para nos direcionarmos mediante as assertivas permeando o caminho mais feliz.
Sejamos seres inteligentes espiritualmente analisando cada momento e aprendendo com ele “o melhor de tudo” de cada pessoa, acontecimento, problema, solução, enfim de tudo.
Assim seremos felizes e faremos felizes aqueles que nos acompanham.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MUDAR DE CASA...

Chega um tempo na vida da gente que sentimos a necessidade de mudar, seja de casa ou de nós mesmos.
Largar coisas muito enraizadas e profundas, mas que já não servem mais. Então surge a idéia de olhar casas novas, em todos os sentidos! Quem sabe algumas em ruas estreitas que precisamos percorrer, ou outras que fiquem em ladeiras bem íngremes, para desenvolver a nossa força. Ou quem sabe simplificar, resgatar o velho e criar um novo lugar!
Ou talvez procurar uma nova casa, que tenha muita água por perto, para amolecer a nossa argila, que são as nossas crenças…
Muitas vezes não é necessário trocar de casa, mas olhar com outros olhos para dentro dela. Quem sabe, olhando melhor, possamos visualizar um rio com águas transparentes, que tem a capacidade de levar embora as preocupações que não precisamos mais! Ou ainda que reflitam o nosso interior!
E se ainda pudermos ir para perto do mar, que maravilha! Quantos ensinamentos ele tem para nos dar, basta se aquietar e observar! Lugares que tenham água por perto, ajudam a amolecer a terra seca, que são iguais a nossa dureza, rigidez e incompreensão. Olhar através de arcos resulta em enxergar aquilo que realmente precisamos ver!
Começamos a entender que a casa é a nossa morada, somos responsáveis por ela. Podemos dar cor ou não, mas o colorido exige mais cuidado.
Observar se não estamos construindo muros muito fechados em volta da nossa casa. Muros separam, pontes ligam, aproximam. Através das pontes podemos ver o outro lado. Conhecer o outro lado muda a nossa percepção, nos transforma. Começamos a ter uma nova visão! E com a nova visão, fica mais fácil pensar na nova construção ou reforma!
Precisamos nos aproximar mais das pessoas? Por acaso nos isolamos demais? Ou precisamos nos aquietar mais? Quem sabe um lugar mais alegre? Ou precisamos caminhar silenciosamente por ruas desconhecidas?
Olhar para nossa casa requer coragem e força… É enxergar o que precisa ser mudado ou desapegar do velho! É olhar fundo. E quando o desapego acontece, ele nos leva em situações caóticas, mais valiosas!
Neste momento surge uma confusão de cores e caminhos! É a reforma. Muitas vezes surgem o frio e o escuro, mas como tudo passa, sempre vem o novo dia para clarear!
Toda reforma ou mudança traz “caos”! Mas precisamos lembrar que vale a pena, o resultado chega!
Se a angústia bate à porta é hora de abrir e atender! Ela vem avisar que alguma coisa precisa mudar!
Quem sabe uma pausa para refletir sobre tudo isso!
Olhar para o rio e perceber que ele corre sozinho e tem seu tempo. Faz seu curso e segue livre, a cada lugar que o rio passa, ele vê novas paisagens, e nós queremos nos fixar! Permanecer!
É hora de recomeçar, mudar de casa ou reformar!
Com certeza não é fácil, mas vale a pena…

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Seja Feliz!!!

No meio do barulho e da agitação, caminhe tranqüilo, pensando na paz que você pode encontrar no silêncio.
Procure viver em harmonia com as pessoas que estão ao seu redor, sem abrir mão de sua dignidade. Fale a sua verdade, clara e mansamente. Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história. Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.
Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: isso o tornaria superficial a amargo. Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar. Mantenha o interesse no seu trabalho, por mais humilde que seja: ele é um verdadeiro tesouro na contínua mudança dos tempos.
Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas. Mas não fique cego para o bem que sempre existe. Há muita gente lutando por nobres causas. Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo. Sobretudo não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva. Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.
Cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar às surpresas da sorte adversa. Não se desespere com perigos imaginários: muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
Ao lado de uma sadia disciplina, conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade.
Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui. E mesmo se você não pode perceber, a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
Procure, pois, estar em paz com Deus, seja qual for o nome que você lhe der. No meio de seus trabalhos e aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve, no mais profundo do ser, a harmonia e a paz.
Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano, o mundo ainda é bonito. Caminhe com cuidado faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros a sua felicidade.