sábado, 28 de maio de 2011

Viva cada minuto

Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.
Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.


terça-feira, 24 de maio de 2011

História de Santa Sara Kali

Por volta dos anos 50 d.c, uma embarcação cruzou os mares a partir de terras Palestinas levando a bordo para fugir das perseguições de Roma aos primeiros cristãos, um grupo de personagens bíblicos:Maria Jacobina ou Jacobé, irmã de Maria, mãe de Jesus, Maria Salomé, mãe dos apóstolos Tiago e João, Maria Madalena, Marta, Lázaro, Maximinio e Sara, uma negra serva das mulheres santas.
Eles foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Então nasceu a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço).

Kali, em sânscrito quer dizer negra, e foi acrescentado ao seu nome devido a cor bem morena de sua pele.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Ocorre procissão e festejos com banhos no mar. A imagem de Santa Sara é vestida de azul, rosa, branco e dourado, adornada de flores, jóias e lenços coloridos e levada para as águas do mar. Após o banho de mar, a imagem, volta ao altar onde os que participaram da procissão possam pedir suas graças.
Muitos buscam nos olhos de Santa Sara a obtenção das graças, pois nos olhos de Santa Sara, tudo está contido: a força de Deus, a força da mãe, a força do amor da irmã e da mulher, a força das mãos, a energia, o sorriso, a magia do toque e a paz. E assim, todos que buscam graças no seu olhar, retornam sempre aos pés de Santa Sara para agradecer.
Embora seja uma santa da igreja católica canonizada em 1712, até hoje a própria Igreja omite o seu culto.
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.

 


Opcha, opcha, opcha !!!

sábado, 21 de maio de 2011

Vive com amor...

Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive á sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A idade de ser feliz!!!

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.


sábado, 14 de maio de 2011

Coroa de Preto Velho

A fumaça que sai do meu cachimbo,
forma nuvens quando encontra o céu,
e das lágrimas que me caem do rosto,
nascem rios que correm sem gosto,
formando na terra o mais belo ilhéu.

Sou preto, sou velho, fui escravo,
fui por Deus coroado.

Hoje espalho no mundo mensagens de fé,
trazendo esperança com minha humildade,
deixando sementes de caridade,
secando a mentira e regando a verdade.
Trago comigo arruda e guiné,
caminho descalço em cima de espinho,
quebro mironga e curo doença,
habito cabana ao pé de cruzeiro,
trabalho aqui e no mundo inteiro.

Sou preto, sou velho, fui escravo,
venho por Deus ordenado.
 
 
 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Casinha branca

Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo a minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer


Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer


Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão


Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer...



domingo, 8 de maio de 2011

Anos Dourados

Você teve sua infância nos anos 80,90...Como pôde sobreviver ???

Os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça e nem air-bag!! Íamos soltos no banco de trás fazendo aquela farra! E isso não era perigoso!!! As camas de grades e os brinquedos eram multicores e no mínimo pintados com umas tintas "duvidosas" contendo chumbo ou outro veneno qualquer... 
Não havia travas de segurança nas portas dos carros, chaves nos armários de medicamentos, detergentes ou químicos domésticos... A gente andava de bicicleta para lá e pra cá sem capacete, joelheiras, caneleiras e cotoveleiras. Bebíamos água de filtros de barro, da torneira, de uma mangueira ou de uma fonte e não águas minerais em garrafas ditas... ¨esterilizadas¨.
Construíamos aqueles famosos carrinhos de rolimã e aqueles que tinham a sorte de morar perto de uma ladeira asfaltada, podiam tentar bater recordes de velocidade e até verificar no meio do caminho que tinham “economizado" a sola dos sapatos que eram usados como freios. Alguns acidentes depois... Todos esses problemas estavam resolvidos!!! Íamos brincar na rua com uma única condição: voltar para casa ao anoitecer! Não havia celulares e nossos pais não sabiam onde estávamos! Incrível!! 
Tínhamos aulas só de manhã e íamos almoçar em casa. Gessos nos braços, dentes partidos, joelhos ralados... Alguém se queixava disso? Todos tinham razão, menos nós. Comíamos doces à vontade, Pão com manteiga e, não se falava de obesidade e todo gordinho era saudável e todo magro doente. Brincávamos sempre na rua e éramos super ativos. Dividíamos com nossos amigos um guaraná comprado naquela vendinha da esquina gole a gole e nunca ninguém morreu por isso.
Nada de Playstation, Nintendo 64, X boxes, jogos de Vídeointernet por satélite, videocassete, Dolby surround, celular com câmera, computador, chats na internet ... Só amigos... E os nossos cachorros? Lembram? Nada de ração. Comiam a mesma comida que nós (muitas vezes os restos) e sem problema algum! Banho quente? Xampu??? Que nada! No quintal um segurava o cão e o outro com a mangueira (fria) ia jogando água e esfregando com sabão (em barra) de lavar roupa! Algum cachorro morreu por causa disso??? 
A pé ou de bicicleta, íamos à Casa dos nossos amigos mesmo que morassem a kms de nossa Casa. Jogávamos futebol na rua com a trave sinalizada por duas pedras!!! 
Tínhamos: liberdade, fracassos, sucessos, muitos deveres e alguns poucos direitos e, aprendíamos a lidar com cada um deles!! A única verdadeira questão é: como a gente conseguiu sobreviver? Acima de tudo como conseguimos desenvolver a nossa personalidade? Você também é dessa geração?  Se sim, então sabe como éramos felizes e não sabíamos!!!